Decoração

CB Talks na CasaCor debate acessibilidade, automação e sustentabilidade

Correio Braziliense reúne arquitetos da CasaCor 2025 em debate sobre a responsabilidade da arquitetura na busca por um futuro melhor para a sociedade

Arquitetos conversam sobre acessibilidade, automação e sustentabilidade no CB Talks -  (crédito:  Minervino Júnior/CB)
Arquitetos conversam sobre acessibilidade, automação e sustentabilidade no CB Talks - (crédito: Minervino Júnior/CB)

Mais do que projetar espaços bonitos, a arquitetura pode transformar vidas. Esse foi o ponto central do CB Talks, que integrou a programação da 33ª edição da CasaCor Brasília, na Casa do Candango. O encontro reuniu nomes de destaque da mostra para discutir o tema Arquitetura em transição: projetos com sustentabilidade, automação e acessibilidade.

Mediado pela jornalista Sibele Negromonte, o bate-papo contou com a arquiteta Deborah Pinheiro, o arquiteto e designer de interiores George Zardo, a professora de arquitetura da UnB Márcia Troncoso e o designer de interiores Jota Pacini. 

Durante a conversa, Deborah Pinheiro, responsável pelo espaço Casa Verde, destacou a urgência de uma arquitetura mais sustentável. “Nós ainda usamos sistemas construtivos altamente poluentes, que gastam muita água. É urgente mudar esse cenário.”

Para George Zardo, que idealizou o sofisticado Loft Z, a automação deixou de ser um luxo para se tornar essencial. “A automação cuida de três pontos fundamentais: sustentabilidade, acessibilidade e bem-estar”, destacou o arquiteto. 

Segundo Jota Pacini, representante do ambiente comercial Sebrae Feito à Mão, o desafio é conciliar design e impacto social: “Sustentabilidade não é só sobre resíduos, mas também sobre criar um ecossistema em que a sociedade gira, os artesãos têm retorno e o mercado acontece.”

Márcia Troncoso, que projetou o Mundo Azul, quarto pensado para crianças autistas, reforçou o papel social da arquitetura. “Se transformarmos a cidade em um lugar melhor para as crianças autistas, certamente ela será melhor para todos”, afirmou. 

O anfitrião do espaço de auditório onde a conversa foi realizada, Paulo Galante, também destacou a importância da experiência sensorial oferecida ao público: “A acústica tem impacto no nosso comportamento, não é apenas uma questão técnica de um auditório. Ela transforma a forma como a gente se sente nos espaços.”

Serviço

Local: Casa do Candango — SGAS 603
Data: 13 de agosto a 12 de outubro de 2025
Visitação: de terça a sexta-feira, das 15h às 22h; sábados e feriados, das 12h às 22h; domingos, das 12h às 21h
Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia para estudante, professor, PCD e seu acompanhante, e pessoas com 60 anos ou mais)

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postado em 03/10/2025 19:23
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