TRAGÉDIA

Pastor ‘não tirava o olho’ das meninas, diz amiga de adolescente morta

Stefany Vitoria, de 13 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (11) após desaparecer no último domingo (9), quando ia para a casa de uma amiga

Adolescente estava desaparecida desde a tarde do último domingo (9/2) -  (crédito: PCMG/Redes sociais)
Adolescente estava desaparecida desde a tarde do último domingo (9/2) - (crédito: PCMG/Redes sociais)

Uma amiga da adolescente Stefany Vitoria Teixeira Ferreira, de 13 anos, que estava desaparecida e foi encontrada morta nesta terça-feira (11/2) em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, conta que os assédios às meninas do Bairro Metropolitano eram frequentes por parte do suspeito – um pastor de uma igreja na mesma região onde a vítima morava.

Ainda de acordo com a amiga, o suspeito costumava oferecer caronas em seu carro. Ela conta que poderia ter sido vítima dele se não tivesse tomado cuidado. A adolescente, também de 13, revelou em entrevista à TV Alterosa que os convites eram sempre acompanhados de cantadas.

"Toda vez que eu e minha irmã passávamos, ele ficava chamando, só que a gente sempre recusava. Um dia que eu estava no ponto (de ônibus), ele me chamou e falou que ninguém ia saber. Eu falei 'saber o quê? Sendo que eu e você nem temos intimidade?'.

A garota afirma que manteve esse episódio em segredo pois o suspeito, por ter sido pastor de uma igreja por algum tempo, tinha muita confiança entre os moradores do bairro. “Se eu falasse alguma coisa, ninguém ia acreditar em mim, porque a palavra dele ia valer um tiro. Como ele era pastor, falavam que ele era um homem bonzinho e tudo mais”, relata.

Além das caronas oferecidas, a adolescente conta que outro comportamento rotineiro do suspeito era ficar na varanda de sua casa observando as garotas que passavam pela rua e fazer cantadas. De acordo ela, o suspeito ‘não tirava o olho’, e, especialmente à noite, ela ficava com medo dele.

Sobre a Sthefany, a adolescente conta que amiga era uma menina ‘muito incrível’, de quem vai sentir muita falta. “Ela era inocente, passava calada, não mexia com ninguém, não arrumava briga. Era quietinha na dela. Foi de repente o que aconteceu", relata.

Ela ainda diz que espera que o suspeito responda pelo que fez. “Se ele for solto, vai fazer a mesma coisa com outras garotas. Eu só quero justiça. Ela era minha amiga, eu vou sentir muita falta dela. Espero que ele nem consiga colocar a cabeça no travesseiro", finaliza.

O pastor de uma igreja do bairro, identificado como João das Garças Pachola, foi preso como suspeito pelo assassinato de Sthefany após investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Ela estava desaparecida desde domingo (9/2), quando saiu para ir à casa de uma amiga e não foi mais vista. O corpo dela foi encontrado nesta terça-feira em uma rua do Bairro San Genaro, vizinho ao Metropolitano, também em Ribeirão das Neves. (Com Luiz Otávio Barbosa/TV Alterosa)

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Denys Lacerda - Estado de Minas
DL
postado em 11/02/2025 21:23
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